Friday, September 01, 2006

Eugénio de Andrade II















Cala-te,
a luz arde entre os lábios,e o amor não contempla,
sempre o amor procura,
tacteia no escuro,essa perna é tua? esse braço?
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à lingua,
morreria agora se mo pedisses,
dorme,
nunca o amor foi fácil,nunca,
também a terra morre.

Eugénio de Andrade

1 comment:

Simbelmune said...

Linda foto para iluminar o poema... ou lindo poema para iluminar a foto... ou lindo momento para iluminar a alma...