Tuesday, April 25, 2006

UNA ESPECIE DE LUZ

¿Qué es lo que amo, cuando amo a Dios?
No una belleza corpórea, ni una armonía temporal, ni el brillo de la luz, tan apreciada por estos ojos míos; ni las dulces melodías y variaciones tonales del canto ni la fragancia de las flores, de los ungüentos y de los aromas, ni el maná ni la miel, ni los miembros atrayentes a los abrazos de la carne.
Nada de esto amo cuando amo a mi Dios.
Y, sin embargo, amo una especie de luz y una especie de voz, y una especie de olor, y una especie de comida, y una especie de abrazo cuando amo a mi Dios, que es luz, voz, fragancia, comida y abrazo de mi hombre interior. Aquí resplandece ante mi alma una luz que no está circunscrita por el espacio; resuena lo que no arrastra consigo el tiempo; exhala sus perfumes lo que no se lleva el viento; se saborea lo que la voracidad no desgasta; queda profundamente inserto lo que la saciedad no puede extirpar.
Esto es lo que amo cuando amo a mi Dios.
SAN AGUSTIN

Wednesday, April 19, 2006

SUTRA DOS MISTÉRIOS MAGNÍFICOS

Sem o vazio, não há forma. Sem forma, não há o vazio. É como a lua e o brilho da lua — do princípio ao fim, ambos são indissociáveis.

ÁRVORE


Pense numa árvore. Ao pensar nela, você tende a pensar num objeto distintamente definido; e num certo nível [...] é isso mesmo. Mas quando você olha mais de perto para a árvore, percebe que em última análise ela não tem existência independente. Ao contemplá-la, verá que ela se dissolve numa rede extremamente sutil de relações que se estende por todo o universo. A chuva que cai em suas folhas, o vento que a balança, a terra que a alimenta e sustenta, todas as estações e o tempo, o luar, a luz das estrelas e o sol — tudo isso é parte dessa árvore. À medida que você começa a pensar mais e mais sobre a árvore, descobre que tudo no universo ajuda a fazer parte dela o que é; que ela não pode em momento algum ser separada de qualquer outra coisa; e que é o significado que queremos dar quando dizemos que as coisas são vazias, que não têm existência independente.
(Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano da vida e da morte)

Friday, April 14, 2006

TAO













Rising and Passing
Creationa and Annihilation,
Birth and Death,
Joy and Grief,
They are meshed in one another-
Goethe

Sunday, April 09, 2006

...















Sem começo, sem fim Sem passado, sem futuro. Um clarão de luz circunda o mundo do espírito.Esquecemo-nos uns dos outros, puros, silenciosos, vazios e onipotentes. O vazio é atravessado pelo brilho do coração celeste.Lisa é a água do mar e a lua se espelha em sua superfície.Apagam-se as nuvens do espaço azul; lúcidas cintilam as montanhas. A consciência se dissolve em contemplação.Solitário, repousa o disco da lua.
(Hui Ming Ging, O livro da Consciência e da Vida - 1729)

MANDALA











Do sânscrito, centro, círculo ou círculo mágico, é um instrumento de contemplação, meditação, concentração e relaxamento. Representa o mapa do cosmos, a projeção geométrica do mundo reduzida a uma amostra essencial, totalizante, o todo organizado de cujo centro flui a energia integradora. A Mandala é um objeto com função lúdica-terapêutica. Um jogo sensual sem objetivo explícito. Seus múltiplos movimentos estimulam a motricidade, enquanto revelam imagens da organização interior da pessoa, consciente ou inconscientemente. A Mandala abstrai do caótico mundo exterior, ao concentrar a imaginação num objeto que nada exige das habilidades intelectuais e que responde à ansiedade gerada pelo consumo e desperdício tecnológico com a sabedoria do singelo e original. As mandalas e sua composição fascinam pela magia de seus movimentos. São exemplos e símbolos destinados a exprimir as possibilidades infinitas do subconsciente humano. Originadas na Índia, porém foi no Tibet onde a mandala alcançou seu mais pleno e complexo desenvolvimento tanto artístico como ritual meditativo, enfatizando a integração cósmica. Richard Wilhelm, recopilador do livro "I Ching, o livro das mutações" estudou o papel das Mandalas nas diferentes culturas hindú, tibetana, budista, cristã (até princípios da idade média), esotéricas, etc. O psicólogo suíço Carl G. Jung aprofundou os estudos de Wilhelm, descobrindo que seus pacientes melhoravam ou se tranqüilizavam usando a Mandala. Antigamente os grandes mestres desenhavam Mandalas na terra e mais tarde em panos com complicados desenhos e cores, frente às quais meditavam seus discípulos, na procura do seu próprio caminho espiritual, sua iluminação ou nirvana.Também era usada em processos de cura, com a pessoa no centro da Mandala. O casal José e Míriam Argüelles, que depois de Jung foram os maiores pesquisadores e estudiosos da Mandala, consideram que é um instrumento básico para a segunda e maior fase de crescimento do ser humano; aquela que inicia quando os fundamentos do crescimento físico "cessam" (aproximadamente aos 25 anos); quando começa o desenvolvimento e coordenação das capacidades mais intuitivas. Enfatizam que a meta é atingir com o seu uso, o maior grau de integração com o Todo e sentir o impulso em direção a Totalidade. Esse impulso, motivará seus pensamentos, passará para suas atividades e estará vivo em tudo que constrói. E aí um estágio sagrado de consciência será atingido no qual todos os seres e todas as coisas serão consideradas como emanações da Unidade Divina Total.
(não recordo o autor...)