Sunday, December 11, 2005

Magdalena

Martim de Castro do Rio, s.d. (XVI)
Magdalena de amor toda roubada
Confusa, triste, só, sem lus, sem guia
Busca fora de sy, quem nella hia
Com passos desiguaes, e alma abrazada

Não teme a noute, as guardas, a jornada
Porque não tinha vista nem sentia
Que o coração, seu mestre o possuhia
E os olhos sem o ver, não viao nada

Chorando chega emfim onde dezeja
Vazio acha o sepulchro, de Anjos cheyo
Que o lugar de Jesu so elle o peja

Mas como de o achar o melhor meyo
São Lágrimas de Amor,quer Deos que seja
Nelas viuo, quem morto buscar veyo.

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